Flávio Grão

Formado em Letras e Pedagogia, Flávio Grão é educador concursado há mais de dez anos na Prefeitura de São Paulo, tendo trabalhado com praticamente todas as faixas etárias da rede (da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos). Hoje atua como pedagogo em um Centro de Educação Infantil no Jardim Ângela (Zona Sul de São Paulo).

Autodidata, desenhista compulsivo desde os três anos de idade, morou no ABC Paulista do nascimento até o início da vida adulta, vivenciando as vertentes artísticas que esse contexto histórico-espacial possibilitava.

No início da adolescência (final dos anos 80) militou no movimento punk tocando em bandas do estilo e conheceu uma de suas paixões, os fanzines.

Nos anos 90 criou a cooperativa cultural independente “TOY conspirações culturais”, que organizou shows independentes, gravou CDs de bandas locais e lançou FANZINES. Ainda nesta década publicou dois Fanzines de contos, um chamado “Histórias para ler no Banheiro” e outro chamado “333”.

Nos anos 00 começou a dedicar-se à ilustração e à pintura (divulgadas com a ajuda da internet), participou de exposições esporádicas, fez ilustrações para revistas, capas de CDs e marcas de skate, teve um roteiro premiado e transformado em curta metragem, tudo seguindo a máxima da filosofia punk: Do it your-self (faça você mesmo).

Em 2010 voltou a fazer fanzines em papel, desta vez de ilustrações, onde procurou explorar seqüências narrativas. Estes zines proporcionaram convites diversos para palestras, mesas, workshops, cursos em universidades e centros culturais e eventos sobre fanzines. Desde 2011 é articulador e colaborador da editora UGRA PRESS que edita o Anuário de Zines, Fanzines e Publicações Independentes. Colabora com esta publicação através de resenhas e artigos assinados. Participa ativamente na discussão sobre zines e fanzines em nível nacional, cedendo ou fazendo entrevistas, matérias e reportagens em jornais e revistas.

Em 2011 começou a produzir exposições (suas e de outros artistas) adquirindo o conhecimento de diversas etapas do processo, como montagem, curadoria, elaboração de material impresso e divulgação na mídia.

Participou do ateliê coletivo do Museu Lasar Segall (São Paulo – SP), onde desenvolveu um trabalho com gravuras em metal (água forte e água tinta).

Atualmente foca sua produção nas artes plásticas na investigação da relação entre os zines e livros de artista, e na busca de uma linguagem autoral, seja nos desenhos com bico de pena, aquarelas ou pinturas a óleo.

No segundo semestre de 2014 fez três exposições temáticas com técnicas e temas diferentes, de aquarelas (Exi-lar), pinturas a óleo (O que não coube na palavra) e desenhos em nanquim com pincel (Desedukators).

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